Musical Cazuza
O talento instintivo e avassalador, o
temperamento explosivo, a linguagem única e libertária fizeram de Cazuza um ícone
sem precedentes na cultura contemporânea produzida no Brasil. Muito mais do que
isso: ainda que à revelia, foi, mesmo sem pretender, o grande cronista da
juventude brasileira dos anos 80. Morto em 1990, aos 32 anos, no auge da
carreira, foi alçado a precoce e definitivo mito no imaginário brasileiro. E
que pela primeira vez tem sua breve e trepidante trajetória contada nos palcos,
através de ‘Cazuza Pro Dia Nascer Feliz,
o Musical’, de Aloísio de Abreu,
com direção de João Fonseca, que será apresentado dia 07 de junho em Fortaleza, no Siará Hall.
O espetáculo reúne alguns dos maiores
clássicos de Cazuza em carreira solo ou no Barão Vermelho, como “Pro Dia Nascer
Feliz” e “Codinome Beija Flor”. Canções como ‘Bete Balanço’, ‘Ideologia’, ‘O
Tempo não para’, ‘Exagerado’, ‘Brasil’, ‘Preciso dizer que te amo’, ‘Faz parte
do meu show’ estão presentes no roteiro, que reserva espaço também para
composições de Cazuza que ele nunca chegou a gravar, como ‘Malandragem’,
‘Poema’ e ‘Mais Feliz’.
O elenco é encabeçado pelo músico e ator Emílio Dantas, de 30 anos, que faz sua
segunda incursão em musicais. Osmar Silveira, Fabiano
Medeiros, Brenda Nadler, Thiago Machado, Igor Miranda, Bruno Narchi, Diego
Montez , Saulo Segreto, Dezo Mota, Oscar Fabião Cazuza e Sheila Matos completam a escalação. Dando vida a nomes como Lucinha e João Araújo , Ney Matogrosso, Bebel
Gilberto, Frejat,Caetano Veloso, Dé Palmeira, entre vários outros personagens
que gravitaram no universo de Cazuza.
Para
a construção do texto, Aloísio de Abreu
partiu das conversas com pessoas próximas a Cazuza e fez uma ampla pesquisa
para acriação da estrutura dramática do espetáculo. “Apesar de frequentar os
mesmos lugares, eu não conhecia o Cazuza. Entretanto, sempre tive uma profunda
identificação com a obra dele, que tem um quê de crônica da nossa época,
revelando de forma rasgada comportamentos típicos dos jovens que todos éramos
nos anos oitenta”, explica Aloísio.
A
montagem dá continuidade à pesquisa desenvolvida por João Fonseca de uma cena musical brasileira mais despojada e
teatral. “Este espetáculo é mais um passo do trabalho que comecei com ‘Gota
d’água’ e que culminou no ‘Tim Maia’. É uma nova possibilidade de desenvolver e
aperfeiçoar uma linguagem muito autoral de musical iniciada há alguns anos”. O
diretor conta que os depoimentos de Lucinha Araújo foram fundamentais na
estruturação cênica do espetáculo: “A partir das lembranças dela, vamos
conhecendo a vida e a obra desse artista e, tal como sua obra, a peça alterna
momentos exagerados e de puro rock'n’roll
a mais intimistas e delicados”, finaliza.
A
cenografia de Nello Marrese traz
elementos fundamentais do universo de Cazuza. “Pensei num cenário poético e
limpo. O espaço cênico é formado por seis praticáveis que representam
palafitas. O chão, areia. É a representação do Arpoador, um dos lugares
preferidos do personagem. O único elemento fixo é uma mesa que se desdobra em
diversas representações: bar, o quarto onde ele compunha (sempre usando uma
máquina de escrever), hospital, e por aí vai…”. Para o cenógrafo, desta
neutralidade cênica partirá o jogo teatral, e completa: “Concebemos três telas
onde haverá projeções não realistas que remetem às cenas e canções, brincando
com a estética da época. Imaginei um grande clipe, representando de maneira
lúdica e simbólica a sucessão de acontecimentos na vida do Cazuza”.
Um amplo trabalho de
pesquisa também foi essencial para a concepção musical do espetáculo. Os
diretores musicais Daniel Rocha e Carlos Bauzys conceituaram a sonoridade
em quatro situações: Barão Vermelho não produzido; a gravação do primeiro
disco; e depois do sucesso, já consolidados. A banda solo de Cazuza também será
reproduzida com fidelidade. “Adaptar a obra dele tornando-a cênica e,
ao mesmo tempo empolgante e reconhecível ao público, foi nosso maior desafio. Usamos
teclados programados com samplers e
sintetizadores usados nas gravações do Barão. Dois guitarristas se revezam
também entre violão de nylon, de aço e bandolim; além de um contrabaixo
elétrico e uma bateria eletrônica programada com os timbres da década de
oitenta”, define Daniel.
Completando a ficha técnica, Paulo Nenem e Daniela Sanches (iluminação), Carol
Lobato (figurinos) e Alex Neoral
(coreografia). A banda que se apresenta ao vivo é formada por Marcelo Eduardo Farias e EvelyneGarcia(teclados), Bernardo Ramos e Daniel Rocha (guitarras), Raul
D’Oliveira (baixo), Rafael Maia
(bateria) eHebert Souza
(programação).‘Cazuza
pro dia nascer feliz, o musical’ é apresentado pelo Ministério da Cultura, com patrocínio
da Sulamérica, Sem Parare Mills.
Elenco:
Emílio Dantas ou Osmar Silveira (Cazuza)
Atores convidados: Susana Ribeiro (Lucinha Araújo), Marcelo Várzea
(João Araújo), André Dias (Ezequiel Neves)
Com: Fabiano
Medeiros (Ney Matogrosso), Brenda Nadler (Bebel Gilberto), Thiago Machado
(Frejat), Igor Miranda (Maurício Barros), Bruno Narchi (Serginho),
Diego Montez (Guto Goffi), Saulo Segreto, (Dé Palmeira), Dezo Mota
(Caetano Veloso), Oscar Fabião (Swing masculino) Cazuza e Sheila Matos (sub
Lucinha e Swing feminino).
SERVIÇO:
Dia:07 de junho
Hora: 21h30
Local: Siará Hall
-Ingressos à venda:
Valores:
- Platéia
Premium: R$ 140,00 Valor único (Cadeiras numeradas)
- Platéia
Pista: R$ 100,00 Inteira e R$ 50,00 Meia (Cadeiras por ordem de chegada)
- Camarote
1º Andar: R$ 90,00 Inteira e R$ 45,00
Meia
- Camarote
2º Andar: R$ 50,00 Inteira e R$ 25,00
Meia
OBS: + R$2,00 de Taxa ADM por ingresso*
Classificação: 14 anos