Diversidade e tratamento igualitário entre mulheres e homens estão cada vez mais presentes nas políticas das empresas. E um dos efeitos disso é que as mulheres mostram mais e mais seus talentos em profissões tradicionalmente ocupadas por homens, bem como em postos de liderança. Essa é a realidade na Diageo, líder mundial na produção de bebidas alcoólicas premium e proprietária de marcas como Ypióca, Tanqueray e Johnnie Walker.
Atualmente, 39% dos 718 funcionários são mulheres e, considerando os cargos de liderança, esse percentual sobe para 45% – 80 líderes são do sexo feminino. Em 2015, a área de vendas tinha um total de 57 mulheres, número que saltou para 82 nos dias de hoje. No Ceará, entre as pessoas em função de liderança, há 10 mulheres.
A mecânica e soldadora Tatiane Nascimento, cearense de 27 anos, ilustra bem esse cenário. Ela teve contato com a fábrica da Ypióca pela primeira vez em 2011, como soldadora de uma empresa terceirizada. Em 2015, passou a ser contratada pela Diageo e segue na empresa como mecânica. É a única mulher em uma equipe com mais de 15 homens e realiza as mesmas atividades que eles, como concepção de peças e lubrificação de materiais.
Para eliminar disparidades na remuneração de seus colaboradores, em 2018 a empresa passou a usar os dados de diversidade de gênero nas discussões de mérito e ajustes salariais, mostrando aos gestores eventuais assimetrias entre homens e mulheres. Em julho daquele ano, as diferenças foram extintas e hoje a margem é mínima, o que configura a equidade salarial em toda a empresa.
Recentemente, o comitê de diversidade da Diageo – composto por 25 pessoas, sendo 13 mulheres – teve papel fundamental na reforma do escritório de São Paulo, em andamento, e da concepção do projeto do novo complexo industrial no Ceará, em construção, garantindo áreas de lazer democráticas e inclusivas.
O programa Learning for Life, do Instituto Diageo, que forma bartenders gratuitamente, também tem um papel relevante no fomento à diversidade. Entre 2018 e 2020, 340 mulheres foram formadas e, desde 2019, a média nacional de presença feminina no projeto é de cerca de 41%. Entre elas, está Gabriela Benevinuto, que fez o curso em Fortaleza e diz que se encontrou na coquetelaria, após experiência anterior no ramo da confecção. Gabriela formou-se em dezembro de 2018 e, no mês seguinte, criou a Tropical Drinks e Coquetéis (@tropical.coquetel), desde então atuante no mercado de eventos corporativos e festas.