sexta-feira, 23 de agosto de 2019

ILUSTR(A)ÇÃO NAS ESCOLAS DESPERTA O INTERESSE PELA LEITURA E ESCRITA NAS CRIANÇAS

Ilustr(A)ção é um jogo de criação de histórias. Do encontro da narradora Paula Yemanjá, do ilustrador Rafael Limaverde e um grupo de crianças sedentas por histórias, tudo pode acontecer. Personagens são desenhados a partir de sugestões do público, tramas narrativas surgem de forma colaborativa e, no final do encontro, é construído um livro assinado por todos os participantes. 

O projeto Ilustr(A)ção nas Escolas, contemplado no VII Edital das Artes de Fortaleza da Secultfor, consiste na circulação dessa performance em escolas municipais de ensino infantil e equipamentos públicos de Fortaleza. Iniciado antes das férias de julho, o projeto tem novas apresentações em agosto e setembro.

De 26 a 29 de agosto, o Ilustr(A)ção nas Escolas chega às EMEIF Isabel Ferreira e Antonio Sales, além das Escolas Municipais Thomaz Pompeu Sobrinho e Alba Frota, realizando 10 apresentações que envolvem 600 crianças do primeiro ao sexto ano do ensino fundamental.  

Essa é a segunda etapa do projeto, sendo que a primeira aconteceu em junho desse ano com apresentações na Biblioteca Pública Infantil Herbênia Gurgel, na Biblioteca Pública Municipal Cristina Poeta e nas Escolas Municipais Maria Alice e Gabriel Cavalcante, além da EMEIF Papa Joāo XXII. No total, serão vinte apresentações, incluindo também três sessões de conversas sobre literatura infantil, ilustração e leitura a serem realizadas nas bibliotecas da rede CUCA.  

“Em uma atividade extremamente divertida, as crianças vivenciam um processo de criação que une ilustração, narrativa e oralidade articulando conhecimentos de educação visual e estrutura narrativa”, explica Paula. A ação começa com a apresentação do ilustrador, da contadora de histórias e dos materiais utilizados. A proposta inicial é que as crianças criem um personagem ou vários e de uma forma coletiva, captando as sugestões, enquanto vai se criando uma narrativa visual. Todo esse processo será ilustrado simultaneamente em 2 flip-charts. “O contador então ´costura´ as diversas ideias, organizando e transcrevendo o texto construído pelas crianças. Ao termino da ação, teremos um livro criado coletivamente”, detalha.

O objetivo do projeto é despertar nas crianças o interesse pela leitura e escrita, para além das obrigações e tarefas escolares. “Essa é uma ação que também estimula a escuta do outro, o respeito a diversidade de opiniões, o empoderamento e a autonomia. A criança, consciente do processo vivido, verá que a literatura e o livro são acessíveis, pois, somos capazes de construir nosso livro e inventar a nossa própria história”, destaca a idealizadora do projeto.

Foto: Tim Oliveira


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